Entre 1996 e 2004 o governo grego foi dirigido por um austero professor de Direito, Kostas Simitis, tão desabonado de carisma quanto dotado de uma tenaz vontade de introduzir alguma ordem nas caóticas finanças públicas do seu país. Simitis era um socialista incapaz de recorrer à retórica populista e sanguínea que até então identificara a vida política helénica. Recordo-me de o ouvir em Paris, no final dos anos noventa, no âmbito de uma reunião da Assembleia Parlamentar da entretanto extinta União da Europa Ocidental. Nunca esqueci um pormenor que me pareceu, já na ocasião, deveras significativo – a dada altura do seu discurso, o governante dirigiu-se ao auditório em língua alemã, assinalando que tinha prosseguido os seus estudos de doutoramento naquele país. De alguma forma era como se isso constituísse uma garantia extra da autenticidade do seu empenhamento na resolução do grave problema orçamental que afectava a Grécia. Simitis foi rigoroso, competente e razoavelmente bem-sucedido, mas nunca concitou o entu
Fonte: http://dlvr.it/8BZ0xf
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