Fugas

A cómoda forma como se evita pensar e resolver o mais grave desafio da história contemporânea. E a cobardia de muitos.

Recompensa

Porque é que não me admiro?

Comunicado

Belo exemplo de um comunicado escrito por um órgão e divulgado por outro. E o que divulga nem se deu ao trabalho de garantir que a mensagem é coerente. Mas também tanto fazia. O objectivo foi cumprido.

Anedotário

Mais contributos.

Bancarrota

Um recorde invejável. Digno de criminosos encartados.

A imprensa portuguesa

Não publica notícias. Publica informações.

Decerto ninguém acredita que os jornalistas tiveram acesso a documentos. Tiveram, como é costume, acesso a fontes de ouvir dizer. Curiosamente não ouviram dizer outras coisas.

Por exemplo, que os que ouviram dizer estas coisas e gostariam de despedir técnicos superiores são os mesmos que não há muito tempo convenceram José Sócrates (e Teixeira dos Santos) da necessidade de reforçarem o SIS e o SIEDM com largas dezenas de técnicos superiores. Afinal não faziam falta. Mas o seu ingresso favoreceu muita gente. E os favores pagam-se.

Agora fazem todos de conta que não estavam lá. E pior, há um primeiro ministro que continua a fazer de conta que está lá.

A teoria

E a prática!

Quantos exemplos querem de que se perderam meses desde que o atual governo foi empossado?

A vergonha não é o seu principal atributo mas era melhor que não exagerasse.

A fábula

Que neste caso ainda não mete um lobo.

Promessas! Promessas!

Iguais às que andaste a fazer para ganhar as eleições. Há miúdos que tardam em ganhar juízo.

Lapsos

Há coisas que não se podem pensar, quanto mais dizer.

Sou a subscrever integralmente a sugestão de Mário Nogueira. E faço outra: Ó Mário junte-se ao Pedro! Se for esse o seu desejo, naturalmente.

Uma não notícia

E quatro chavões.

Muito mal apresentados e até provocatórios para quem é vítima do flagelo do desemprego.

Mais do que já conhecemos.

Vícios

Há estados pequenos com tiques (e vícios) de estados grandes. Todo o conceito (desde aquisição, ao seu uso e alienação) está errado. Estas aeronaves, a existirem, deveriam ser operadas por privados.

É lamentável que se saiba agora que Sócrates pensou em renovar o erro. Mas é igualmente lamentável o sentido conferido a esta notícia.

Planos de contingência

Em Portugal ainda se está a discutir quem tem a competência para elaborar os planos. A conhecida tragédia.

Mas eu não fico

Na situação de emergência que vivemos, tudo se passa na maior das tranquilidades. É até possível ouvir o ministro Vítor Gaspar dizer que esta operação é "actuarialmente equilibrada". O cálculo actuarial é usado para determinar o risco dos seguros e das finanças e, se o ministro fez as contas, deveríamos ficar descansados. Mas eu não fico, porque ele não vai estar lá para responder quando eu for pensionista e pedir a devolução do dinheiro que lhes confiei. Adeus reforma.

Vaiado e insultado

E como se costuma dizer: "Ainda a procissão vai no Adro".

As dividas dos estados são eternas

Tal como a estupidez humana é infinita.

Acreditar

Também há quem acredite no Pai Natal e no coelhinho da Páscoa.

Exportações e produtividade

É desta forma que o governo aparece determinado em "apoiar" o sector exportador e o crescimento económico do país.

Este tipo de políticas desorientadas e desarticuladas revela uma coisa que já há algum tempo se percebe: impreparação, imaturidade, fesfazamento.

Medidas avulsas e anacrónicas como a redução de feriados ou o aumento de 30 minutos diários no horário laboral servem exclusivamente os interesses gananciosos imediatistas dos empregadores das grandes superfícies. E é óbvio que não vão fazer crescer  0,00001% a economia portuguesa ou a riqueza. No país da Europa em que se trabalham mais horas e essas horas geram menos riqueza os políticos deveriam ter mais lucidez e responsabilidade.

Em vez de se preocuparem exclusivamente com a sra, Merkel e o FMI estes medíocres deveriam gastar mais tempo a pensar em como tirar os seus concidadãos da aflição em que os meteram.

 

É a produtividade, estúpido!...

Nua e crua

A forma como o assunto é analisado aqui. Convém que alguém ponha ordem na casa e se deixe de modernices saloias e publicitação de estados de alma. 

Pelos vistos a demagogia está a criar adeptos.

Gostos

Há quem diga que não se discutem. Nada de mais errado. Na verdade pouco mais se discute senão gostos.

Uma pergunta

E é preciso ser alemão?

Estudo americano

Conferir aqui.

Atenção que os valores apresentados não têm aplicação prática aos membros do governo, actual e anterior.

Por razões que me dispenso de apresentar.

Sequelas

Depois do estripador, a comissão de Camarate. É como o jogo: fácil, barato e dá milhões.

Bandidagem

Houve um FDP que durante imenso tempo só fez FDPtices.

Sites

Ataques que por enquanto são só a sites. Tenho a impressão que em breve passarão a outro nível. Menos virtual.

Prova de vida

“É uma boa oportunidade para a IGAI fazer uma prova de vida” afirma João Palma presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público MP após o JN publicar ontem fotografias (inicialmente divulgadas no blogue 5dias) com dois agentes da PSP à civil a lutar contra o Corpo de Intervenção desta polícia e depois em detenções de manifestantes junto à Assembleia da República no dia da greve geral.

Uns riem outros choram

Só não sei se quem chora no fim chora melhor.

Mas que tudo isto é uma vergonha ninguém duvida.

O novo Sá Carneiro

Devo dizer que a resposta esteve muito longe, tão longe do Sim, que foi um enfático e repetido Não… Tontice nem sempre é sinónimo de burrice.

Surpresa

Esta. Ainda dá notícia de jornal.

Observadores portugueses

Dizem-me que na Coreia do Norte também é assim.

O nível está a subir

Agora é o próprio Primeiro que informa os funcionários.  Ou pelo menos é o que reza a notícia.

Dias especiais

Há dias assim. Especiais. São especiais porque fogem de uma forma evidente ao ordinário.

São dias em que nos levantamos bem dispostos apesar de mais cedo do que o habitual e chegamos ao local de trabalho mais cedo do que o habitual.

Depois somos colocados no redil como os carneiros.

Sentadinhos como os meninos da escola. Bem comportados. Ladeados por outros meninos. Alguns deles tudo menos bem comportados.

Hipocrisia. Entra o cortejo de hipócritas e hipocritamente todos se levantam.

Começa a arenga disparatada e ninguém tem coragem de lhe por um fim.

É triste.

Os observatórios

Tenho o maior respeito pelos observatórios.

Etimologicamente a palavra significa local que é usado para observar e estudar certos fenómenos.

Tive há alguns dias acesso a uma lista de membros de um conselho editorial de um desses observatórios e fiquei totalmente esclarecido.

De facto nos observatórios observa-se. Ponto. 

Editorial

O que é a Contraescarpa?

Podia ser o reflexo de um estado de alma mas não é.

Podia ser um instrumento para alcançar um objectivo maior mas não é.

Podia ser o órgão central da Associação Profissional dos Oficiais de Informações e Segurança mas não é.

Podia ser uma criação fátua de um avençado de uma qualquer empresa ou associação mas não é.

Podia ter uma especial predilecção pela tróica mas não tem.

Podia ser contra as reformas e as restruturações no estado mas não é.

Podia estar ao serviço de um serviço de uma potencia estrangeira mas não está.

Podia ser produto de um grupo de votantes do PSD desiludidos mas não é.

Podia ter origem naquele núcleo de opinadores socratistas agora mais desocupados mas não tem.

Podia ter indicios de comportamentos desviantes mas não tem.

Podia ser a tábua de salvação para aqueles que sabem que se estão a afogar mas também não é.

Podia ser uma operação de desinformação mas não é.

Podia ter o intuito de violar o segredo de estado mas não tem.

Podia ser um subproduto da OSCOT ou do OSN mas não é.

Podia ser mais um blogue sobre Segurança e Informações mas não é.

Podia ser uma obra patrocinada pelo GOL, a GLLP ou o OD mas não é.

Podia ser como Frei Tomás mas não é.

Podia ter a benção do governo mas não tem.

Podia ter sido infiltrada pela oposição mas não foi.


A Contraescarpa quer afirmar-se como um veículo de equilibrio, prudência, sensatez e finalmente, mas não menos importante, resistência.

Porque resistir é, por vezes, a única opção.