João Calvão da Silva é o presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD, que tem expulsado os dissidentes da linha oficial do partido como quem come cerejas. Este jurista laranja é uma figura muito próxima de Passos Coelho, a ponto de ter assumido um papel de destaque na célebre comissão que o pantomineiro-mor nomeou para virar do avesso a Constituição da República (cf. as séries «Dinamite Constitucional » e «Nitroglicerina constitucional »).
É este João Calvão da Silva que fez um parecer sobre a idoneidade de Ricardo Salgado, na sequência da oferta de 14 milhões de euros que o urbanizador José Guilherme fez ao ex-presidente do BES. Sustenta Calvão da Silva no parecer que essa oferta se justifica com o «bom princípio geral de uma sociedade que quer ser uma comunidade – comum unidade –, com espírito de entreajuda e solidariedade». Leu bem, caro leitor: «com espírito de entreajuda e solidariedade».
Quando se ouvir Passos Coelho a discorrer sobre a separação da política e dos negócios, não nos esqueçamos do que disse esta figura do seu inner circle em defesa de Ricardo Salgado, um dos patrões do pantomineiro-mor na Fomentinvest .
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