2012-11-30

Fwd: Hidroxiapatite

Já todos ouvimos dizer que vivemos acima das nossas
possibilidades. Quer isto dizer que andamos a gastar o que não temos e a
desperdiçar aquilo que usamos sem parcimónia.

Destas duas coisas temos casos concretos:

Gastamos demasiado dinheiro a pagar as reformas do nosso Presidente da
República para que ele goze connosco quando pretende ironizar com as
sonecas que faz e gastamos demasiado em impostos quando recebemos nada em
troco do muito com que contribuímos.

Desperdiçamos valor quando não retiramos dos produtos tudo aquilo que eles
têm para nos oferecer. Um bom exemplo desse desperdício é o bacalhau, que
até agora fazia pender o prato da balança de transações para a Noruega e
para a Islândia sem que dele se extraísse matéria-prima capaz de colocar o
fiel da balança a nosso favor.

É verdade que tratamos a carne do bacalhau de 1001 maneiras mas só
conhecíamos uma, para alimentar uma multidão de famintos, aconselhada pelo
Ministro Gaspar & Associados e que consistia no aproveitamento da sua pele
e espinhas (do bacalhau) para elaboração de um consommé a que se
acrescentavam coentros, um dente de alho e, querendo ser exuberantes em
tempos de vacas gordas, um ovo escalfado sobre uma fatia de pão com dois
dias.

Desperdiçamos portanto 2001 coisas que poderíamos exportar. Da pele podemos
imaginar 1001 pelicas destinadas a sapatos, bolsas e carteiras vazias. *Das
espinhas está a tratar a ciência nacional sediada na Invicta*.

A moda dos dentes branqueados ou forrados com coroas que Paulo Portas
lançou no tempo em que ainda não cirandava pelos trópicos pode agora
transformar-se numa fonte de receita o que auxiliará à concretização do
plano do ministro Álvaro que aponta, como objectivo para os meados do
século XXI, conseguir ter as exportações a valer 50% do PIB.
*LNT*
[0.596/2012]
   http://barbearialnt.blogspot.com/2012/11/hidroxiapatite.html

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