2011-11-08

Editorial



O que é a Contraescarpa?

Podia ser o reflexo de um estado de alma mas não é.

Podia ser um instrumento para alcançar um objectivo maior mas não é.

Podia ser o órgão central da Associação Profissional dos Oficiais de Informações e Segurança mas não é.

Podia ser uma criação fátua de um avençado de uma qualquer empresa ou associação mas não é.

Podia ter uma especial predilecção pela tróica mas não tem.

Podia ser contra as reformas e as restruturações no estado mas não é.

Podia estar ao serviço de um serviço de uma potencia estrangeira mas não está.

Podia ser produto de um grupo de votantes do PSD desiludidos mas não é.

Podia ter origem naquele núcleo de opinadores socratistas agora mais desocupados mas não tem.

Podia ter indicios de comportamentos desviantes mas não tem.

Podia ser a tábua de salvação para aqueles que sabem que se estão a afogar mas também não é.

Podia ser uma operação de desinformação mas não é.

Podia ter o intuito de violar o segredo de estado mas não tem.

Podia ser um subproduto da OSCOT ou do OSN mas não é.

Podia ser mais um blogue sobre Segurança e Informações mas não é.

Podia ser uma obra patrocinada pelo GOL, a GLLP ou o OD mas não é.

Podia ser como Frei Tomás mas não é.

Podia ter a benção do governo mas não tem.

Podia ter sido infiltrada pela oposição mas não foi.


A Contraescarpa quer afirmar-se como um veículo de equilibrio, prudência, sensatez e finalmente, mas não menos importante, resistência.

Porque resistir é, por vezes, a única opção.

Sem comentários:

Enviar um comentário